As doenças dos indígenas brasileiros após o processo de culturalização da civilização invasora.

Por Dr. Mauro Montaury.

 

O que aconteceu com a população indígena que absorveu a cultura de vida e alimentação da civilização invasora?

 

Os índios brasileiros são o primeiro povo autóctone do território brasileiro.

 

Eram catadores e depois se fixaram em alguns locais onde faziam o cultivo da mandioca e outros alimentos.

 

Pescavam e caçavam animais locais, alimentação de subsistência, e não consumiam produtos industrializados e nem agrotóxicos.

 

 

Não existia hiperfartura alimentar e nem carestia de alimentos para este povo. Quando a região ficava pobre para a sua sobrevivência, os sábios e os conhecedores da natureza escolhiam novo local de fartura alimentar e a tribo com toda sua história de vida se deslocavam para este novo lugar escolhido.

 

Saiam do local, exaurido em caça e pesca, deslocando-se para outra em abundância, deixando aquele para trás e que as grandes forças da mãe natureza regenerassem aquela região.  Não destruíam nada da mãe natureza e eram sabedores que suas vidas dela provinham.

 

Quando agora assisti no rádio, Hora do Brasil, programa que o jovem deixou de assistir, e que deveria tomar consciência da realidade e diversidade nacional, escutaria o cacique reclamando das doenças que nunca existiam na sua tribo e absorção da “Nova Cultura do Homem Branco” Indústria das Doenças, interferindo no seu viver saudavel, na sua ética, na sua alimentação indígena e no consumo de drogas antes não existentes.

 

Não tinham geladeira para guardar os defuntos congelados das carnes animais abatidas. Sabiam que o que matavam de animais não intoxicados, o povo todo tinha que consumir logo, não possuiam nem luz, nem geladeira. A geladeira, fruto do processo resultante da industrialização, gerador de uma indústria da riqueza do capitalismo e gerador de doenças no Ser Humano. A idéia do lucro pelo lucro infiltrou e envenenou seu mental.

 

Os indígenas consumiam a batata, a mandioca que plantavam e os alimentos que coletavam na natureza e mantinham-se num bom estado de saúde pescando e caçando. Acabavam sempre fazendo uma dieta com restrição calórica.

 

 

Com o processo da civilização invasora e o processo de culturalização os indígenas adquiriram seus hábitos alimentares e suas doenças como: gripe, tuberculose, sífilis, alcoolismo, lepra, artrose, hipertensão, diabetes mellitus, entre outras.

 

O índio foi adquirindo maus hábitos alimentares como: sal, açúcar, farinha branca, tabaco, álcool, drogas e o excesso de proteína animal, além da sua degradação ético moral dos degradados das civilizações  da Europa.

 

A civilização indígena não cristã não devia nada à tão evoluída civilização européia.

 

Hoje, temos 60 a 80% de todo Território Norte do Brasil das florestas sendo destruído para dar lugar ao extrativismo degradante e após, geralmente, no mesmo lugar, a pecuária vem a seguir.

 

Ocorreu contaminação da sua água potável proveniente dos rios.

 

Passaram 5 (cinco) séculos da Descoberta do Brasil e o nosso índio forte e varonil hoje é: obeso, hipertenso, artrítico e portador de doenças crônicas degenerativas diversas decorrentes ao uso e abuso do álcool, do tabaco, das drogas, dos produtos industriais e agrotóxicos.

 

Os centenários da Ilha de Okinawa não consomem nada industrializado ou processado. Eles ingerem 5 a 6 vezes dia frutas e verduras e 5 vezes cereais locais e consomem peixe 2 a 3 vezes por semana, da pesca local. São longevos e sadios.

 

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